Não sei se esse meu hexavô ainda vivia ao tempo da Aclamação: se vivo fosse, estaria então com 51 anos de idade. Desconfio que residisse no Distrito do Porto Real do Rio de São Francisco, então parte da Freguesia de Sant'Ana de Bambuí, Termo da Vila de São Bento do Tamanduá.
Antonio Felisberto da Costa era filho legítimo dos açorianos Antonio Pereira da Costa (natural da Ilha de São Miguel) e Maria Thereza de Jezus (natural da Ilha do Faial). Nascido em Barbacena no dia 1º de Setembro de 1771, foi batizado pelo Coadjutor Jozé da Costa Oliveira na Matriz de Nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo aos 15 do mesmo mês e ano. Foram seus padrinhos Antonio Ferreira e Antonia de Jezus. Pelo lado paterno, era neto de João Rodrigues Pereira, e de Thereza da Costa, provavelmente falecidos nos Açores. Pelo lado materno, era neto de Manoel Dutra Correia, e de Maria Thereza de Jezus, que migraram da Ilha do Faial para as Minas Gerais, havendo se estabelecido na região de Barbacena em meados do Século XVIII (foi-lhes doada uma sesmaria nessa região no ano de 1752, doação esta que foi confirmada em 1756).
Não sei quando faleceram o pai e os avós maternos de meu hexavô. Suponho que tenham sido sepultados em Barbacena. Sua mãe foi sepultada na Matriz de Nossa Senhora da Piedade da Vila de Barbacena aos 20 de Maio de 1800.
Aos 2 de Julho de 1794, Antonio Felisberto da Costa celebrou matrimônio, na Ermida de Nossa Senhora da Ajuda do Castelo (filial da Matriz de Barbacena), com Barbara Francisca do Sacramento, minha hexavó. Assistiu-os o Padre Antonio da Silva Santos, servindo de testemunhas um irmão da noiva (Antonio Dutra Nicasio), e um seu cunhado (Joze Francisco Furtado).
Ignoro também se minha hexavó estava viva ao tempo em que Dom Pedro foi aclamado Imperador do Brasil. Caso estivesse, estaria com 48 para 49 anos. Caçula dos doze filhos dos açorianos Joze Dutra da Silveira (natural da Ilha do Faial) e Francisca Maria do Sacramento (natural da Ilha Terceira), Barbara Francisca do Sacramento foi batizada aos 22 de Novembro de 1773, pelo Padre Manoel Alves Trigo, na Capela de Nossa Senhora Mãe dos Homens do Bom Jardim (filial da Matriz de Barbacena). Foram seus padrinhos: Joze Rodrigues Pontes (residente na Vila de São José), e Barbara Ferreira Brandoa (representada pelo marido, Manoel Carvalho Duarte). Pelo lado paterno, Barbara era neta de Manoel Dutra, e de Maria Silveira, provavelmente falecidos nos Açores. Pelo lado materno, era neta de Manoel Pereira Garcia (falecido e sepultado nos Açores) e de Thereza de Jezus, que migrou para as Minas Gerais depois de viúva, com a filha (a mãe de Barbara) ainda pequena. A avó materna de Barbara deve ter falecido e sido sepultada em Barbacena, mas não localizei ainda o registro.
O primeiro filho de Antonio Felisberto da Costa e Barbara Francisca do Sacramento foi o meu pentavô Antonio Felisberto Nicasio. Batizado pelo Padre Joze Ferreira de Azevedo, aos 7 de Dezembro de 1795, na Capela de Nossa Senhora dos Remédios (filial da Matriz de Barbacena), foram seus padrinhos Joze Affonso e Ritta (tia paterna do batizado). Meu pentavô tinha 26 anos de idade quando da Aclamação.
Além de meu pentavô, consegui identificar apenas outros quatro filhos dos meus hexavós: Esmeria (nascida em 1797), Manoel (nascido em 1801), Maria (nascida em 1803), e Barbara (nascida em 1805). Todos foram batizados na Capela de Nossa Senhora dos Remédios. Seus nomes também constam na relação nominal dos habitantes do Porto Real de São Francisco (atual Iguatama) de 1808. É onde creio que ainda estivessem, se vivos fossem, ao tempo da Aclamação de Dom Pedro.
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